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Protesto na rua e debate: repúdio às reformas

18/04/2017

As reformas da Previdência Social e Trabalhista, propostas pelo Governo Temer, foram alvo de protesto em Caxias do Sul, no entardecer da segunda-feira, dia 17 de abril. Uma caminhada luminosa organizada pelos sindicatos e movimentos sociais chamou a atenção para o prejuízo aos direitos trabalhistas e previdenciários que estas propostas representam. 

 

Com velas e um caixão simbolizando as perdas caso as reformas sejam aprovadas, a caminhada teve início em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos e percorreu ruas centrais no final da tarde. 

 

 “Este ato faz parte das movimentações de abril que culminam com a Greve Geral no próximo dia 28. Precisamos de mobilização e união dos trabalhadores e da sociedade, caso contrário viveremos um retrocesso que vai acabar com os direitos conquistados, voltando a um regime de escravidão”, comentou a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos, Eremi Melo. 

 

"O Sindilimp se fez presente na caminhada luminosa, de protesto contra esse governo golpista que quer enterrar uma luta de conquistas com mais de 70 anos, destruindo a nossa CLT. Não podemos permitir isso! No dia 28 de abril vamos para a rua, vamos dizer não à retirada de direitos, não à terceirização, não à reforma da previdência!" manifestou-se a vice-presidente do Sindilimp, Azenira Lazarotto. 

 

O ato prosseguiu até o Tri Hotel, local de realização da audiência pública promovida pela Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), da Câmara dos Deputados, para discutir a Reforma Trabalhista. O evento, sob a coordenação do deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS), também abordou temas como a terceirização e a reforma da Previdência. 

 

O representante da CUT-RS, Antônio Guntzel, iniciou o debate afirmando que nunca se viu tanta vontade de boa parte do parlamento, judiciário e do presidente de retirar direitos da classe trabalhadora. “Nos cabe fazer a resistência, com a responsabilidade de não permitirmos que nossos filhos e netos recebam um país mergulhado na fome e na miséria. Porque, se aprovarmos tudo o que estão querendo, certamente o Brasil se tornará, novamente, o país da fome”, afirmou. 

 

Marcos Verlaine, assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), denunciou a pressa do governo Temer em retirar direitos trabalhistas. "A população ainda não se deu conta de que a Reforma Trabalhista é tão ou mais nociva do que a Reforma da Previdência." Segundo ele, só o povo na rua poderá barrar esse retrocesso. O assessor chamou a atenção para o fato de que a crítica à CLT se transformou em um mantra do mercado. Segundo ele, alegam que a CLT é antiga, pois completa 74 anos no dia 1º de maio, mas ignoram que a mesma já teve 85% do seu texto atualizado e que as reformas que estão sendo propostas já foram aplicadas em outros países e provocaram empobrecimento e desemprego. 

 

O presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, ressaltou que o debate é muito importante porque estamos vivendo um novo ciclo político, em que as forças conservadoras que emergiram com o afastamento da presidente Dilma avançam com muita intensidade. Segundo Guiomar, a questão central do afastamento da presidente Dilma é o tipo de Estado que se quer. “O que aconteceu com o impeachment, esse golpe institucionalizado, é o fim do pacto social criado ou construído com a Constituição de 1998”. 

 

Ao encerrar o evento, o deputado federal Assis Melo chamou a atenção para a gravidade dos fatos discutidos na audiência. “Não podemos escutar tudo o que foi dito aqui e sair da mesma forma que entramos”, disse. “Os trabalhadores e as trabalhadoras de nosso país não serão ‘gado indo para o abatedouro’! No próximo dia 28 estaremos de pé, protestando contra a retirada de nossos direitos por esse governo ilegítimo! O que está em risco não são apenas nossos direitos, mas a nação!”, argumentou. 

 

A audiência também contou como debatedores o juiz Rodrigo Trindade de Souza, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho, 4ª Região (AMATRA IV); Rafael da Silva Marques, titular da 4ª Vara do Trabalho; Paulo Juarez Vieira, procurador regional do trabalho e Oniro Camilo, presidente da Nova Central Sindical do Trabalho (NCST-RS).

 

 

 

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