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É hora de reagir

26/03/2018

Na sexta-feira, 23 de março, representantes do Sindilimp participaram de palestras e debates sobre o Impedimento da Presidente Dilma e Intervenção no Rio de Janeiro. O evento foi promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região e foi realizado no auditório da entidade, durante todo o dia. A Associação Juízes para a Democracia (AJD) e a Associação Gaúcha de Advogados Trabalhistas também foram promotores do encontro. 

A mediação foi da juíza do trabalho Ana Julia F. Nunes, que é membro da AJD, e de Assis Carvalho, advogado trabalhista e membro da Agetra e AJD.
 
Assis Melo, dirigente nacional da Central dos Trabalhadores do Brasil – CTB –, ex-deputado federal e ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, falou que os poderes da República precisam ter harmonia entre si para poder governar, que o governo precisa promover o desenvolvimento que interessa aos trabalhadores e que é necessário constituir frentes amplas para evitar o fim da Justiça do Trabalho.
 
Luiz Alberto de Vargas, juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região – TRT4 – e membro da AJD, ressaltou a importância de estarmos atentos nas próximas eleições. "As eleições estão aí e haverá a tentativa de continuar o golpe. Mas, eles não são tão fortes assim. Eles tentam muitas coisas, nem sempre dá certo. Precisamos de uma frente ampla na defesa do país. O brasileiro deve pensar com sua cabeça e não com a da Globo. Nós temos mais força do que imaginamos”, afirmou.   
 
Valdete Souto Severo, juíza do trabalho e membro da AJD, explçicou a história, desde a promulgação da Constituição de 1988 até o golpe parlamentar sofrido pela presidenta Dilma. "Quero falar sobre a relação entre o impeachment, a intervenção militar no Rio de Janeiro e as reformas propostas pelo governo Temer. O Brasil tem uma história de assujeitamento e nunca abandonou a característica de Colônia. Em sua recente história atravessou uma ditadura militar que deixou mais de 400 mortos e desaparecidos. Com uma luta incansável conseguimos obter uma abertura democrática, ainda que negociada. Olhando para esse passado conseguimos entender e interagir em relação à realidade de hoje. A Constituição de 1988 foi uma espécie de pacto social. Dizemos nela que queremos ser uma sociedade livre, fraterna e solidária. Porém, assim que foi promulgada, começou a ser destruída, inclusive por nós, juízes e advogados. Por isso não assustou tanto que a Reforma Trabalhista tenha sido aprovada por um Congresso que está de costas para a sociedade: já convivemos há muito tempo com distorções e desconfigurações da Constituição nas relações de trabalho”, denunciou a juíza. E fez questionamentos: "O que é mais importante: a reforma da previdência ou que não haja eleições este ano? O que está por trás de tudo isso? Por que a intervenção no Rio de Janeiro? Ou vocês acreditam que há uma preocupação genuína com a segurança das pessoas no Rio? Por que não houve intervenção em outros momentos? Por que não houve intervenção no RS que tem um governo que não paga salários? Isso sim é motivo de intervenção! Já passou da hora de reagirmos a tudo isso. Amanhã pode ser tarde demais", alertou Valdete.
 
João Vicente Araújo, presidente da Agetra, falou sobre a importância da consciência do voto. "A Agetra tem uma campanha para as pessoas terem consciência do voto. Cada um de nós precisa promover a consciência em nossos meios. A inconsciência do nosso voto faz termos um parlamento como o que temos hoje”, destacou.
 
 
 
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