Na quinta-feira, 26 de outubro, o Sindilimp realizou o evento da Primavera Lilás de 2017. Dezenas de mulheres da categoria e convidadas se encontraram no Auditório do Sindicomerciários para ouvir as palestras.
A vice-presidente do Sindilmp, Azenira Lazarotto, fez a abertura, saudando as mulheres presentes destacando a importância dos debates.
A primeira palestrante, a médica ginecologista e obstetra Gabriela Grando Pinson, abordou questões relacionadas ao cuidado com a saúde, principalmente sobre os tipos de câncer que mais afetam as mulheres e sua prevenção. Gabriela falou da importância de manter hábitos saudáveis, como não fumar, reduzir o consumo de bebida alcoólica, evitar a obesidade e o sedentarismo. Ela também alertou para a necessidade de observar o corpo e buscar orientação médica sempre que perceber mudanças bruscas. Gabriela mostrou para as participantes como fazer o exame de toque nos seios e explicou sobre alguns procedimentos atuais de tratamento do câncer.
Em seguida, Abgail Pereira, pedagoga, sindicalista e integrante da União Brasileira de Mulheres (UBM), falou sobre o impacto das reformas trabalhista e previdenciária na vida (e na saúde) das mulheres. A palestrante começou mostrando os efeitos nocivos da PEC 55, que corta investimentos e congela por 20 anos as verbas para saúde, educação e outros serviços públicos. “Essa medida tem como conseqüências o desmonte da educação e da saúde, a ameaça de privatização de serviços públicos, o desemprego em massa e o aumento da desigualdade”, denunciou Abgail.
Sobre a reforma trabalhista, Abgail citou vários itens, mostrando os prejuízos que podem causar aos trabalhadores, como a prevalência do negociado sobre o legislado, a jornada que pode chegar a 12 horas diárias, o contrato intermitente, o parcelamento das férias, entre vários outros. Ela também falou dos efeitos da reforma da previdência e da terceirização de atividades-fim.
“Esse evento do Sindilimp é parte de uma caminhada: já é o terceiro ano que vocês reúnem para discutir assuntos que promovem a saúde, a igualdade de gênero e a justiça. É isso que precisamos, nos unir, fortalecer as entidades sindicais e resisitir’, destacou Abgail. O desafio, segundo ela, é buscar a redução das desigualdades e da violência, trabalho digno e o direito à saúde, com o fortalecimento do SUS.
Depois das palestras, houve sorteio de brindes e um coquetel de confraternização.